Vespa World Days

Inicialmente com o nome de Eurovespa, este encontro de vespistas teve início em 1954. Na década de 1970 sofreu uma pausa na sua realização, voltando-se a realizar anos mais tarde.
A 14 de Março de 2006 surge o Vespa World Club criado criado pela Piaggio & CSpA e pela Fundação Piaggio com o objectivo de promover, unir e coordenar todos os Vespas Clubes existentes no mundo
É então, em 2007 que o encontro anual que move alguns milhares de vespistas um pouco por todo o mundo muda de designação para Vespa World Days. Todos os anos, aquando da realização de cada Vespa World Days existe uma reunião entre todos os presidentes dos Vespa Clubes de cada país, os responsáveis do Vespa Word Club e da Piaggio & CSpA onde é debatido e decidido o Vespas World Days seguintes e algumas orientações internas para o vespismo mundial.

Vespa World days 2010 - Fátima

Três mil ‘doidos’ por vespas reunidos em Fátima

Vieram de todo o mundo para comemorar a mesma paixão: a moto e a liberdade que lhes dá

Erich Poshinger, de 69 anos, percorreu de moto os 2560 quilómetros entre a sua casa em Frankfurt, na Alemanha, e Fátima. Não foi a fé que levou o reformado alemão a suportar uma longa viagem de cinco dias até Portugal. Foi a paixão pelas vespas, a mesma que traz outros 3000 fãs destas motos a participar no encontro mundial de vespistas, Vespa World Days, a decorrer em Fátima até domingo.
A mulher de Erich, que preferiu fazer a viagem de avião para Portugal, só tem uma expressão para justificar a travessia do marido pela Europa: “É doido.” Erich, membro do Vespa Clube de Frankfurt, viaja numa Bevery 500, mais adequada aos seus 120 quilos. Está hospedado num hotel da Nazaré e aproveita o tempo para passear pela região. Segunda-feira, a mulher regressa à Alemanha para trabalhar, mas Erich vai continuar a viagem até Sevilha para visitar os amigos. “Sou livre e a minha Vespa dá-me liberdade”, disse Erich ao DN. Desde que se reformou, este antigo empregado de escritório não perde um encontro mundial de vespistas; foi a Torino, San Marino, Áustria, e agora planeia ir a Oslo em 2011 e a Londres em 2012.

Marco Manzoli, de 36 anos, secretário do Vespa World Club, veio de Piza, na sua Vespa 250cc Vintage. Fez os mil quilómetros em três dias. “Vim para trabalhar e não para fazer turismo como este pessoal”, comenta o responsável pelo Vespa World Club, que reúne 36 clubes nacionais da Europa, Américas e Ásia. “A que se deve esta paixão pela Vespa? Para mim é a liberdade, mas está para além do racional, tal como não se consegue explicar por que se gosta de uma miúda”, afirmou Marco Manzoli. “Isto é muito diferente de um encontro de motards, nós não passamos os dias a beber cerveja e a acelerar as motos; a Vespa tem uma cultura muito própria, em torno da família, do encontro dos amigos e da descoberta dos países e do turismo”, afirmou ao DN Marco Manzoli.

Tom Stubbe, de 37 anos, veio com a mulher da Bélgica, e trouxe os dois cães e duas das suas vespas antigas, uma de 1966 e outra de 1970. “Viemos porque somos loucos”, afirmam bem-humorados. “Somos doidos por Vespas clássicas e gostamos de estar com os amigos e conhecer outros países”, disse Tom Stubbe.

In Diário de Noticias de 02 Julho 2010

EuroVespa 2004 - Lsboa

EuroVespa 2004, A FESTA DAS VESPAS

Cinquenta anos depois do 1º EuroVespa, o mais importante encontro mundial das míticas scooter italianas teve lugar em Lisboa.

Parabéns Portugal, parabéns Vespa Clube de Lisboa! Foram estas, decerto, as palavras mais ouvidas no final do EuroVespa 2004, quando das despedidas dos 1500 vespistas, vindos de diversas partes do mundo para tomar parte neste evento.
Foi a concretização de um sonho, trazer a este paraíso que é Portugal o EuroVespa, que desde 1954 percorre a Europa e tem agora a sua 38ª edição. Belém recebeu condignamente os visitantes, e à medida que estes levantavam os seus sacos com os respectivos tesouros – placa comemorativa em esmalte, réplica de Vespa em miniatura, t-shirt, etc – a satisfação era evidente.
A postos estavam os infatigáveis guias que palmilharam a CRIL até ao Parque de Campismo de Monsanto inúmeras vezes, e levaram os “vespoturistas” a vários passeios a museus, Castelo de S. Jorge, Sintra, e à sede do Vespa Clube de Lisboa, o único clube português de motociclismo com 50 anos de actividade.
Cerca de 60% dos inscritos estavam em Monsanto acampados, e maravilhados com as condições do Parque, e os restantes espalharam-se por dezenas de hotéis pela cidade.
Se, durante o Europeu de Futebol, a campanha “Road to Lisbon” da Adidas foi forte, a chegada das vespas a Lisboa para o EuroVespa foi um sucesso. Vieram vespas de todas as idades, cores e decorações, com donos das gerações mais variadas, trazendo vida e alegria a Lisboa, pois nem só de futebol vivem os portugueses…

O programa foi-se desenrolando, sempre com uma bem disposta equipa do VCL a controlar as operações, e outra equipa poliglota na recepção. Na sexta-feira a festa foi comandada pelo Rancho Folclórico da praia de Vieira de Leiria, com o sócio honorário do VCL, António Ramos, a fazer de maestro. No dia seguinte, partiu-se para o passeio/desfile, com a PSP e BT a abrirem alas para os cerca de 1700 vespistas – pois, à boa maneira portuguesa, juntaram-se aos participantes mais umas centenas de “borlistas”, e viajaram connosco no maior desfile alguma vez feito ao Cabo da Roca.
Os vespistas estrangeiros, cerca de dois terços da comitiva, ficaram maravilhados com a nossa estrada marginal, e os italianos particularmente com Cascais, a terra que acolheu o seu Rei Humberto no exílio. No Cabo da Roca o espaço foi pouco para tanta scooter, o almoço foi distribuído e continuou-se pela estrada da Lagoa Azul, passando depois pelo Autódromo e Casino do Estoril, de regresso a Belém.
A maioria voltou então ao Camping para se aprontar para o jantar de gala, que contou com a presença do Ministro das Obras Públicas, Engenheiro Carmona Rodrigues, entre outras individualidades, e onde foram premiados pela sua presença 175 clubes.
Na manhã seguinte, os “sobreviventes” da festa de Sábado à noite lá estavam em frente à Torre de Belém, para um passeio por Lisboa, avenidas fora, direitos ao Terreiro do Paço e depois à Expo, onde foi o almoço, junto ao rio Tejo. Presente voltou a estar Carmona Rodrigues, aos comandos da Vespa 50 que o seu pai lhe ofereceu quando fez 16 anos, que ainda está impecável, apesar dos milhares de quilómetros e dezenas de anos.

Para o próximo ano, o EuroVespa terá lugar outra vez na Áustria – depois de Viena em 2003 -, e também em 2005 o VCL tem agendado o IberoVespa, com muitos vespistas a quererem regressar.

Tom Stubbe, de 37 anos, veio com a mulher da Bélgica, e trouxe os dois cães e duas das suas vespas antigas, uma de 1966 e outra de 1970. “Viemos porque somos loucos”, afirmam bem-humorados. “Somos doidos por Vespas clássicas e gostamos de estar com os amigos e conhecer outros países”, disse Tom Stubbe.

In MotoPortugal Nº 119 – Agosto de 2004